Solitária alma

Precipita ao vento
Lágrimas de cristal
Paira em pensamento
Destinada ao normal
Linha e desalinha
Fragmentada ilusão
Contorce pela vida
Alma em solidão
Estagnada alma
Inerte com o coração
Imperceptível respirar
Os alvéolos de seu pulmão
Deflagrada segue
Em busca de si
Alucinada sensação
Alma, debilitada alma
Implora exaltação
A dor é impiedosa
Sorri na solidão
Onde deixa de florescer camélias
O sol não tem perdão
A lua inadequada chora
Lamenta fria condição
Alma, deflagrada alma
Estende-se mãos vazias
Devora a própria condição...

Cláudia Aparecida Franco de Oliveira
Recreio do Bandeirantes
Rio de Janeiro