Sem Despedidas

Chuva leve cai,lágrimas dos céus ingênuos diriam,

Do alto apenas desgraças sobre nós,

Embaixo a terra podre que os engolirá

Quando estiverem emoldurados em caixões abertos.

A marcha dos mortos como cortejo ao Rei,

Na multidão espectral que acompanha os passos do Falecido,

Pisando em flores e cercados de túmulos perdidos,

Lamentos seculares ressurgidos.

Mais um retrato empoeirado,

Nas vidas que jamais prosseguem incólumes,

Apresso então a minha ida em colinas verdejantes,

Atirando-me de cabeça sem despedidas lamuriosas.