Uma lenda

 

Meu sorriso foi algo imperioso,
sorrisos de alma, eram naturais!
Mas você calou em meus lábios
com contingentes palavras fatais.
Desprezíveis e coalhadas de ironia.

Roubou-me a paz da alma
laqueou junto meu caminho.
Meu amor foi toado de zombaria
coroando-me a alma de espinho.
Restaram-me apenas sonhos
envoltos em pesadelo
e na penumbra das vagas noites passadas,
meus olhos se arrastam em cegueira.
Sou como uma andorinha de asas quebradas
Sou como artilheiro que perdeu a guerra
Sou a lágrima e a dor da sementeira
Sou a esperança decaída
Sou barco que perdeu direção.
Sou o tempo que passou
Sou a triste lenda de um livro,
Somente com uma página virada.
Sou a mulher que tanto te amou.
     

Alzira Souza
Enviado por Alzira Souza em 12/07/2008
Reeditado em 12/07/2008
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