Virou pó.

Uma mísera cena

E vira pó, partículas pequenas.

Resta o só, do que foi poema.

Um grito que não ecoa.

Um peito que profundamente dói.

Dilacerou-se a pessoa.

Pouco havia de valor.

Esgotaram-se todas as forças,

ficou somente a dor

Introduzida, sem permissão.

Outra vida de igual inércia,

Tudo em vão.

Do que era, uma parte incompleta,

É o que se vê. Apenas poeira,

do que foi poeta.

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 10/07/2008
Reeditado em 22/03/2017
Código do texto: T1073589
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