Grito de solidão!
Grita a minha boca,
com toda a força de meus pulmões,
estas palavras loucas,
nascidas do solo fértil de meu coração!
Regadas pelas águas dos prantos meus feito enchurradas...
Acalorados pelo desvario de meus pensamentos...
As palavras que grito, voam como pássaros,
libertos do cárcere em que jaziam, em revoada!
Apenas cumprem a sua sina, seu destino,
ecoar a minha solidão!
Ecoar, pelo tempo que as determina!
Grito, atravêz da garganta escancarada,
toda a tristeza de minha vida,
que vive enjaulada
nesta tão dura solidão!
Grito, pois gritar não me custa mais nada,
alêm da dor em meu peito, em meus pulmões,
falta-me o ar...
E vivo, como a chama da vela,
que existe na medida que exista a si mesmo!
Consumo-me tão rapidamente...
Esta solidão ainda há de me matar!
21/01/2006