CIO DA MORTE

A vida é mesmo uma droga.

Nascemos livre dela;

Crescemos e a usamos inicialmente, sem qualquer vício.

Ao longo dos anos, nos apaixonamos, e ficamos totalmente vinculados.

Curtimos os bons e os maus momentos...enquanto bons.

Ela vem sempre disfarçada de amiga e de ordeira.

Na primeira vez é maça!

Depois já não resistimos a uma segunda tragada.

Finalmente, estamos totalmente dominados desse amor ardente.

É o fim...

Agora já não adianta.

Estamos ligados à vida e ela já nos consumiu do medo de morrer.

Mas aí já é tarde.

A carne é fraca e não resiste todo o tempo.

Só nos resta esperar a morte lamber-nos a face.

Que saudade da ingênua infância!

REMI AMORIM
Enviado por REMI AMORIM em 08/07/2008
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