Gota perversa
Do oceano em que me revia
Sobrou só uma água de nada
Visita-me ela todo o dia
Perversa maldosa e salgada
Não serve para a sede matar
Mas antes salga a minha vida
Não parando de gotejar
Faz com que a sinta mais sofrida
Primeiro brilha dolorosa
depois em queda copiosa
domina todo o meu querer
Ofusca-me pois esta água
Gota-forma da minha mágoa
Matiz salgada do meu ser