Brigas vãs

Briga vã, triste promessa,

alegria morta, fim de festa

e um outro triste beijo dá-me à pele

como se chamaste a minha dor

com esse teu gesto,

que por ele a brisa mansa chora.

Chamas minhas palavras de injustas peças

que choram perturbando o teu silêncio,

esse algoz de ninguém,

terra do nunca

frêmito de inverdades.

Chora-me em teu sorriso

e ser-nos-á melhor que tudo:

eu barulhando nesse teu corpo surdo

entre palavras diferentes, distantes mágoas

depois da briga vã e da promessa dada.