É OUTRO DIA
Quem me dera
Que a dor que me invade a alma
Fosse dor de amor
Porque teria contentamento
Mas neste momento
A dor que alento
É de uma murcha flõr
De sumida cor
Que se vai esvanecendo rapidamente
Tornando-se transparente
Como a dor que não se vê
Mas que se sente
Meu coração chorando
Escondido a um canto
Vou desanuviando o meu pranto
Mas sei que ultrapassarei
Em breve este momento
E novamente me tornarei
Numa bela flor
Que irradia energia e calor
A luz do crepusculo me vem beijar
Sussurrando-me que vem ai o luar
Uma brisa me acaricia
Anunciando-me que daqui a pouco é outro dia
Dulcineia