DO AVESSO
Ah! Quem me dera voltar de repente
À alegria quimera
Que no simples prazer habita
E faz transbordar o coração da gente.
Trago a vida como talha partida, vazia...
Pois escorreu-lhe a esperança.
Não se espante, hoje estou do avesso!
É desse lado que escrevo nesse instante.
Adiante me refaço, sigo em frente insistente!
Quase em fúria de vida e dela mesma vazia.
Por isso a fome, a sede de viver!
Assim me mostro, toda:
Avesso, verso e reverso.
Paradoxo e poesia!
MT/Novo Diamantino - 12/05/08