Chove

Chove a chuva, chora e chove.

Chora lenta e sem parar.

A dor que ela sente, eu sinto,

pois conheço o seu pesar.

Chove a chuva, chove e chora.

Na vidraça à tilintar.

Chora seu pranto de desgosto,

batendo na vidraça, até sangrar.

A chuva segue chorando.

Querendo aplacar sua dor.

Enquanto meu peito dolorido.

não suporta as lágrimas de dor.

Choro um choro, sofrido e triste.

Juntando com as lágrimas do céu,

que chora um pranto sentido

igualzinho a minha dor.

Chove a chuva, chora e chove.

Nessa tristeza sem fim.

Chorando vamos lavando,

as dores do nosso sofrer.

SP/05/2008