A estação
Nos olhamos.
O sol já vai se pôr...
Andando...
Paramos.
Em frente, a estação.
Está vazia.
Entramos.
Um banco cinza havia
Sentamos.
Além das colinas, o sol sumia.
E nossas lembranças também.
Você olhando para o chão
Eu, para o céu
Vãos sonhos que se foram com o sol
Silêncio.
Um suspiro.
Uma lágrima,
Que mancha o piso empoeirado.
Silêncio.
O bater descompassado e ás vezes lento,
O coração.
Silêncio.
Mãos no bolso, as tuas.
Mãos inquietas sobre o banco, as minhas.
Silêncio.
Aves voam no horizonte.
Você olha pra mim
O mesmo olhar que um dia
Fez nascer o amor em mim
Olho no olho.
Mãos no banco, agora as tuas.
Encontram as minhas.
Encaixe perfeito.
Silêncio.
Até que o ruído dos trilhos desperta-nos....
O trem surge.
Ceifador de utopias.
O trem surge.
E pára.
Uma porta se abre.
Mãos, laços que se desfazem.
Você levanta
Um grito desesperado, meu coração.
Caminha em direção a porta.
Entra.
Se fecha.
O trem segue os trilhos.
Silêncio.
E eu só, na estação.
Vil.
Loh Destino 19/06/08