A estação

Nos olhamos.

O sol já vai se pôr...

Andando...

Paramos.

Em frente, a estação.

Está vazia.

Entramos.

Um banco cinza havia

Sentamos.

Além das colinas, o sol sumia.

E nossas lembranças também.

Você olhando para o chão

Eu, para o céu

Vãos sonhos que se foram com o sol

Silêncio.

Um suspiro.

Uma lágrima,

Que mancha o piso empoeirado.

Silêncio.

O bater descompassado e ás vezes lento,

O coração.

Silêncio.

Mãos no bolso, as tuas.

Mãos inquietas sobre o banco, as minhas.

Silêncio.

Aves voam no horizonte.

Você olha pra mim

O mesmo olhar que um dia

Fez nascer o amor em mim

Olho no olho.

Mãos no banco, agora as tuas.

Encontram as minhas.

Encaixe perfeito.

Silêncio.

Até que o ruído dos trilhos desperta-nos....

O trem surge.

Ceifador de utopias.

O trem surge.

E pára.

Uma porta se abre.

Mãos, laços que se desfazem.

Você levanta

Um grito desesperado, meu coração.

Caminha em direção a porta.

Entra.

Se fecha.

O trem segue os trilhos.

Silêncio.

E eu só, na estação.

Vil.

Loh Destino 19/06/08

Loren Rodrigues
Enviado por Loren Rodrigues em 29/06/2008
Código do texto: T1056432
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