JAZ O POETA
O Poeta morreu.
Junto com seus restos
Mortais,
Estão juras de amor
Eterno,
Que farfalham zombeteiramente
Em cartas daquelas que um dia
Encantaram-se com sua
Sensibilidade,
E no outro
O desprezaram por sua
Passividade.
O Poeta morreu,
Mas suas poesias ficam,
Para iludir
Novas e imberbes gerações
Sobre as delícias
Do amor.
Com palavras sublimes
O Poeta morreu,
Mas fica a violência
Gratuita,
Estampada em periódicos vagabundos e sensacionalistas.
O Poeta morre,
Padece,
Fenece,
E todos, com um melancólico adeus,
O esquecem.