JAZ O POETA

O Poeta morreu.

Junto com seus restos

Mortais,

Estão juras de amor

Eterno,

Que farfalham zombeteiramente

Em cartas daquelas que um dia

Encantaram-se com sua

Sensibilidade,

E no outro

O desprezaram por sua

Passividade.

O Poeta morreu,

Mas suas poesias ficam,

Para iludir

Novas e imberbes gerações

Sobre as delícias

Do amor.

Com palavras sublimes

O Poeta morreu,

Mas fica a violência

Gratuita,

Estampada em periódicos vagabundos e sensacionalistas.

O Poeta morre,

Padece,

Fenece,

E todos, com um melancólico adeus,

O esquecem.

Gustavo Marinho
Enviado por Gustavo Marinho em 28/01/2006
Código do texto: T105270
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.