Naufrágio dos sonhos

Quem na vida não pecou por exagero?

Ou na angústia de um dia após o outro,

Pensou ser o que jamais será,

E jurou pelo que não lhe ofertarão.

Buscou o que parecia tão real,

mas nem em sonho lhe permitirão.

E em mares que nunca desbravará

Os anseios desta nau naufragarão...

Pois por si só o querer é um desatino,

Caleja o pensamento e ludibria,

Faz-nos ver esperanças nunca tidas,

Vendando os olhos com névoas de alegria.

Mar a engolir-nos dia a dia.

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 25/06/2008
Reeditado em 22/03/2017
Código do texto: T1050720
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