Vazios

Estranho outono.

No ar o cheiro

De chuva

Em morta manhã.

Nos rostos a alegria

Contida de um maio

De festas.

Passeiam pelos parques.

Vida sem mêdo.

Mãos entrelaçadas,

Corações no passado.

Os corpos aqui,

As almas no passado.

Olhos fitam o nada

Porque nada têm.

Olhos vazios!