A mãe,A solidêz e eu.

Donde?Por que?O amor se fêz em mim uma miniatura?Não,sou infante.

Lá vem ela,que bela!

Tão sonhadora,Tão carente,o rejeito,sonho refeito,ela é a mãe e eu sou ela.

A roça é grande e ele ignorante,más inconstante,pai é pai....

Pois é pior que não ser.

A mãe na labuta não se preocupa,antes prostituta,antes a dor sofrida para sobreviver.

Ora mulher,por que sofres?afinal quem sou? não sou seu acalanto?

Tanto almejo um beijo,um carinho,uma palavra que ao menos me iluda.

Você ficou muda,por que?a criança ti é uma doença aguda?

Cresci assim,sem afagos,magos,emudeci,sem poder de defesa,contentando e sonhando,quem sabe?no futuro poderia ainda ser amada um dia?Não sabia....

Sonhos sem fundamentos urgiam dentro de mim?estou no desalento?

Apenas ao vento!

Não sabia eu no futuro tão desatento, que me aguardava,tanto sonhava...

MARIA DE LOURDES CARDOSO.

22/06/008

Lourdes Cardoso
Enviado por Lourdes Cardoso em 21/06/2008
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