INJUSTIÇADO
Era um ser normal,
Alegre e jovial,
E, por lastimoso engano,
Entrei pelo cano...
No lugar do culpado,
Fui encarcerado.
Tive que confessar,
Depois de tanta tortura,
Ter feito uma loucura
De meu irmão matar.
Naquela sala escura,
Só existe bravura,
Naqueles " homens " armados
Raivosos e mal-humorados.
Depois do desmaio voltar,
Pus-me na cela a pensar :
Será que estes " seres humanos "
Nasceram como normais...
Ou saíram pelo ânus ?
Eles são anormais...
Não receberam carinho,
Ignoram o amor,
Não observam os passarinhos,
Não sabem o que é uma flor !
Que raça de ser é esta,
Nada que é bom lhes presta,
Só sabem bater e matar,
Seu normal é odiar.
Acho que são bandidos,
De policiais travestidos,
Só mudaram a profissão,
Para maior proteção.
Mas, é preciso ter cuidado,
Pois existe Nosso Senhor
Que acompanha os passos dados
De quem ama ou não tem amor !
Auro.