Sem Sonhos
Vi o menino parado na chuva
E a chuva, pairava sobre ele
Vi a água que banhava sua face
Misturando-se às lagrimas insípidas
Que derramava pelo sonho que morreu
Quem vê o menino ali, parado
Nem imagina, o quanto ele é forte
Mais forte ainda, são aquelas lagrimas
Que fizeram-no prostrar-se diante de si mesmo
Tudo por aquele sonho que morreu
E cheguei perto dele, dei-lhe a mão e perguntei
Porque tanto chorar, se sonhos vem e vão
Ele me respondeu, deixando-me inquieto
Pois disse que quando o próprio sonho morre
Nem dói lá tanto assim
O que mais dói, é quando, mesmo sem querer
Matamos o sonho de outras pessoas
n.a: Ninguém pode cultivar, ou matar, os nossos sonhos, senão nós mesmos
Só não podemos construí-los sobre outras pessoas, pois nem sempre elas são fortes o bastante, para não deixa-los vir ao chão.