DESPEDIDA
No tanger do sino, como um choro desconsolado.
Por entre vozes que se despedem; arrastadamente;
Ouça meu riso.
Se puderes, desperta!
Estenda a tua mão e me abrace
Porquê começa a declinar a tarde
E logo o dia se revestirá de negro
E estes tristes acordes do sino, hão de enfraquecer a minha alegria.
Ouço o lamento de tristeza, da tua partida
Deste caminho que caminharás sozinho
Porém não te esqueças de olhares para trás.
Mas, por quê eu com essa garrulice,
Feito um menino de rua,
Escarafunchando motivos para tu estremunhares?
É que não creio na tua partida
Estás a zombares a chusma
Como sempre o fez
Gemidos agora se somam aos lamentos.
E inertes tu, como um anjo de louça no nicho do quarto.
Cá estou, lembre-se, atento em ti,
Para que o teu fingimento seja descoberto.
Por que emudecestes, se teu riso tão lindo, me fazia rir também?
Por que esta pose altiva, se de longe sei bem quem tu és?
Dissimulado! E pensei que não tínhamos segredos.
Então teu amor foi troça?
Ou vais dedicá-lo á alguém melhor que eu?
Quem é este alguém que sorrateiramente, incluiu-se entre nós?
E sem pedir desculpas, roubou-te de mim sem que eu me apercebesse?
Sei que estás decidido em partir, então vá.
Mas, saiba que não creio em tua partida,
E, estarei aqui quando voltares.
E ao teu novo Amigo, mande um recado meu:
-Deixo meu pai contigo, cuide bem dele, pois é tudo de mais rico que possuo, e...
-Amigo; eu Te perdôo por o tirardes ele de mim.