A triste sina.
Não suporto, essa ausência que se faz quando parte...
Deixa rastros, marcas, fragmentos,
Me suborna, me consome em verdades.
Mata-me logo, vingue seu desespero,
Seria doce essa morte, deitada em seu colo
Implorando por sossego...
Rasgue os poemas escritos,
Queime todos ou jogue-os ao mar.
Mas antes...em seus braços eu suplico:
- me esqueça cavalheiro, não queira me amar.
E retorno ao meu mundo carregada
Tão pálida...tão fria...num dia gris.
Meu corpo espera para ser velado,
Minha alma vazia se dissipa na luz.
E você volta, como alguém desolado
Insatisfeito, mal acostumado... mal se contém.
Eu me transmuto em outra matéria
Uma mera lembrança de alguém imoral
De uma terrível mortal, perigosa, infeliz...