A triste sina.

Não suporto, essa ausência que se faz quando parte...

Deixa rastros, marcas, fragmentos,

Me suborna, me consome em verdades.

Mata-me logo, vingue seu desespero,

Seria doce essa morte, deitada em seu colo

Implorando por sossego...

Rasgue os poemas escritos,

Queime todos ou jogue-os ao mar.

Mas antes...em seus braços eu suplico:

- me esqueça cavalheiro, não queira me amar.

E retorno ao meu mundo carregada

Tão pálida...tão fria...num dia gris.

Meu corpo espera para ser velado,

Minha alma vazia se dissipa na luz.

E você volta, como alguém desolado

Insatisfeito, mal acostumado... mal se contém.

Eu me transmuto em outra matéria

Uma mera lembrança de alguém imoral

De uma terrível mortal, perigosa, infeliz...

BastetLira
Enviado por BastetLira em 05/06/2008
Código do texto: T1020486
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