Dor como esta nunca senti...
Se instala em mim um desengano,
Uma impaciência,
Um medo da mudança.
Falta de confiança,
Se instala sobre mim,
Um temor,
Uma falta de alegria,
Descrença na ciência, que não chegou.
Uma tristeza pelo amor que me deixou.
Deságua em mim,
Desejo profundo de se esconder,
E assim nessas palavras
Expresso meu desabafo,
Minha falta de olfato pro amor reconhecer.
Dói em mim uma saudade,
Chora em meus olhos
Uma falta de amizade, dos que deixei de ver.
Brota em meu peito,
Uma marca,
Uma dor que não se trata,
Não tem cura esse mal.
É doença fatal.
Esse desprezo que não tem fim,
Esse desamor dentro de mim.
Um cansaço noite e dia,
E até nas minhas poesias,
Pareço que não vejo graça.
Mas me rejeito a dor de morte,
E me finjo de forte,
Pra enfrentar esse momento.
Vou dormir de cara fechada,
Sem pensar em mais nada,
A não ser em o que vai ser de mim.
Esquecida em meus problemas,
Vou vivendo meus momentos,
E o sono pouco chega,
Se adormecer de cansaço, um pesadelo em mim se faz:
Vivo nessa tristeza, será que não sorrirei mais?
E o dia amanhece, o sol desperta pela fresta da janela,
E eu vou vivendo o dia, esperando que a poesia,
Se faça em mim a festa.
Dor terrível assim nunca se sentiu tal como esta.