Despedida
Se audível fosse a trilha sonora destas linhas,
ouvirias o triste som daquela despedida.
Se na tela do cinema, repassasse a cena,
verias em plano aberto a timidez do sol
e o lamentar do vento, querendo retardar o tempo.
Nossos gestos contidos, retendo as nossas palavras,
se perguntando se era mesmo necessário dizer adeus.
“Closes up” alternados de nossos olhares desolados
não querendo se encontrar.
Que palavras ouvistes, que pensastes em me deixar?
Que pensamentos pensastes, que resolvestes acreditar
que eu não te amava mais?
Sempre cri nas tuas palavras,
doces como mel, quando feliz me declaravas teu amor.
Amargas como fel, quando ofendida me banias com o mesmo ardor.
Seguistes teu caminho sem olhar para trás.
Um gesto tímido de um até logo com gosto de nunca mais.
Alçastes vôo em busca de uma liberdade
que eu não sabia te haver negado,
ignorando que eu também me sentia abandonado.
Estavas me abandonando sem saber que eu sentia a mesma dor.
Imaginava estar te fazendo um bem, deixando-te livre do amor não querias,
pois, a tua felicidade era o que mais me importava.
Se na tela do cinema, repassasse a cena,
me verias chegar em casa, e mergulhar numa solidão que eu já vivia.
Se audível fosse a trilha sonora destas linhas,
ouvirias meu coração, pesado, doer no peito
a ingênua esperança de voltares.
Se na tela do cinema, repassasse a cena,
verias em plano aberto a intrepidez do sol
e o cantar do vento, querendo voltar no tempo.
Nossos gestos destemidos libertando as nossas palavras
para nunca mais dizermos Adeus.
Este texto faz parte da coletânea Alma Nua de Ivo Crifar, pela editora Baraúna.
Se audível fosse a trilha sonora destas linhas,
ouvirias o triste som daquela despedida.
Se na tela do cinema, repassasse a cena,
verias em plano aberto a timidez do sol
e o lamentar do vento, querendo retardar o tempo.
Nossos gestos contidos, retendo as nossas palavras,
se perguntando se era mesmo necessário dizer adeus.
“Closes up” alternados de nossos olhares desolados
não querendo se encontrar.
Que palavras ouvistes, que pensastes em me deixar?
Que pensamentos pensastes, que resolvestes acreditar
que eu não te amava mais?
Sempre cri nas tuas palavras,
doces como mel, quando feliz me declaravas teu amor.
Amargas como fel, quando ofendida me banias com o mesmo ardor.
Seguistes teu caminho sem olhar para trás.
Um gesto tímido de um até logo com gosto de nunca mais.
Alçastes vôo em busca de uma liberdade
que eu não sabia te haver negado,
ignorando que eu também me sentia abandonado.
Estavas me abandonando sem saber que eu sentia a mesma dor.
Imaginava estar te fazendo um bem, deixando-te livre do amor não querias,
pois, a tua felicidade era o que mais me importava.
Se na tela do cinema, repassasse a cena,
me verias chegar em casa, e mergulhar numa solidão que eu já vivia.
Se audível fosse a trilha sonora destas linhas,
ouvirias meu coração, pesado, doer no peito
a ingênua esperança de voltares.
Se na tela do cinema, repassasse a cena,
verias em plano aberto a intrepidez do sol
e o cantar do vento, querendo voltar no tempo.
Nossos gestos destemidos libertando as nossas palavras
para nunca mais dizermos Adeus.
Este texto faz parte da coletânea Alma Nua de Ivo Crifar, pela editora Baraúna.