Janelas da Alma

Os olhos são janelas da alma,

Revelam amor e paixão,

Mas se a alma está triste, abatida,

Traz a imensa escuridão.

Um brilho apagado,

Um olhar quase morrendo,

Pobre alma ferida,

Atormentas-te em veneno.

Veneno do desamor,

Veneno da injustiça,

Veneno que causa dor,

Que mata, extingue o amor.

Alma perdida,

A refletir nos olhos,

Quanta angústia e solidão.

Enfraquecida pelo sentimento,

Que conduz teu coração.

Olhos, janelas que se abrem ao mundo,

Agora não olham mais,

Embaçados de neblina,

Do chorar, de tantos ais.

Alma sofrida, carente!

Não pode seguir a luz,

E se cansada e triste nenhum brilho tu reluz.

Alma que se estampa nos olhos,

De um triste apaixonado,

Enlouquecido pelo abandono,

Nenhuma paz tem encontrado.

Alma refletida como espelho,

Nos meus olhos que anuncia,

Minha tristeza, minha melancolia,

Minha alma em poesia.

Há de se chorar oh! Alma,

Pela tua liberdade,

Que agora nas janelas de meus olhos,

Estás presa na saudade.