Reflexão...
Minha dependência de você
Me deixa vunerável a teus humores...
E a angústia domina minha alma.
Abstinência... Tomo então overdose de você
E tenho calafrios de medo da vida sem ti,
Trémula penso em morrer sem tua presença...
Doença?
Ópio na hora que penso,
Que distante de você, não vivo!
Morfina para minha carência,
Que como um câncer se apodera de minha carne
E necrosa toda minha personalidade...
Amputar?
Salvar o membro para me sentir normal?
Bíblico expurgar para obter salvação!
Minha dependência de você,não tem solução...
É como um veneno que inoculo
E então, destilo palavras vazias e frias...
Meu vácuo de idéias, meu horizonte encoberto
Por um sol inerente a minha galáxia.
Tua indiferença me flecha os sentidos
E anestesia minhas ações,
Fico perdida sem meio de fuga
Presa nas correntes da situação
Congelada em minhas emoções,
Torturada por remosos, culpas... Sensação maluca!
Exposta e triste,
Nua, em plena geada,
Sem coberta, sem fogo, sem nada...
Só esse vasto planeta desabitado
Que atende pelo nome de auto-estima.
Você acertou o alvo do meu desengano
E agora minha verdade é querer te agradar,
E minha liberdade, se resumiu, na verdade
Em me anular... Não ser eu
Ser o esboço de tua cara, tua vida, tua ante sala...
Só assim te faço sorrir!
Pois teu narciso requer meu lago
E teu reflexo tem que está
Na minha pálida face
Sempre que teu olhar buscar o meu...
Cópia, inerte... Minha imagem morta.
E meu reverso, é só você
Silêncio impera nós lábios
Mas minha alma grita à plenos pulmões...
_Liberte meu coração!
Já que teu amor é tão ínfimo
Que não enxergas minha luz._
Eclipsada esta a tua humildade...
Um pensamento de morte me invade
Saudades de mim?
Bobagem, sempre fui assim
Imberbe na maneira de amar,
Solitária no versejar,
Ardente na paixão,
Por buscar cumplicidade
Carinho, amizade ... sinceridade!