FIM DO ATO


Nosso amor chega ao fim
Sem nenhum aplauso, sem nada
Apenas um vazio na alma
As cortinas se fecham
O teatro fica vazio
A farsa terminou
Você tirou a máscara
Do tempo que representou
O papel de apaixonado
No tempo que ficou ao meu lado
Dizendo mentiras doces
Nas amargas verdades que me mostrava
E palavras com mel
De um adocicado pegajoso
Que hoje de lembrar
Me dá ânsia, arrepios
Enjoa o estômago
Agora estamos na coxia
Com as cortinas fechadas
Não precisa mais fingir
Nem em palavras, nem em atos
O último ato se foi
Você muito bem o representou
Finge emoção que não acredito
Apenas fica o dito pelo não dito
O feito pelo não feito
A certeza que você já vai
Sem dizer adeus, sem senões
Agora quem te aplaude sou eu

Vitória/ES - Em 23/02/08 -