AMOR REPUGNADO
Todos os astros luminosos do universo lançam luzes sobre mim;
Menos ela, que de todas as celestes personagens é a mais bela;
Ainda que as sinfônicas ventanias me homenageiem sem fim;
Ela mantém as notas de sua lira distantes de minha era!
As mais lindas palavras ao meu ouvir têm sido endereçadas;
Delas o silêncio é tudo que tenho, gritando nos lábios da indiferença;
O vinho do carinho que recebo transborda de inúmeras taças;
Mas ela me mata de sede na sua fome de brindar-me com ausência!
Há um louvor que me procura por todos os cantos dos recantos;
Mas a glória que doei a ela vale bem menos que o meu atribuído valor;
Tantos a caçar os meus sorrisos e ela a fabricar meus prantos;
Se encantos há quem veja em mim, aos olhos dela insignificante sou!
É por isso que por mais que esse meu brilho viaje aquém;
Eu me sinto um desalentado e de ser feliz incapacitado;
Ainda que tanto tendo me tornado, permaneço a ser ninguém;
Das lágrimas refém, amando esse alguém que não me tem amado!!