Atmosfera...
Versos soltos,
Como soltos estão os meus pensamentos no instante.
No montante de verdades delirantes
Impera o encontro dos desencontros,
No fim de cada novo começo de meus pesadelos,
Desponta as palavras desconexas,
Falas de um coração sem lar,
Sem vida própria, sem direito de amar.
Versos entoados aos ventos,
Que envolve minha tristeza
E a leva aos recônditos de muitas emoções,
Ao encontro de violentas paixões...
A luxúria é a pele de minha fragilidade,
Atmosfera de delírios, suspiros...
De amores desmedidos, mortos-vivos,
Sobrevivem somente na atmosfera dos sonhos.
A letargia inibe as ações,
E fico a mercê de minhas muitas sensações.
Versos implantados pela solidão,
Que gritam no silêncio da tela,
E procura harmonia no pensar,querer, no se dar...
Quero voltar ao começo da felicidade,
Da meiguice que continha meu olhar,
Na esperança sempre a me abraçar.
Hoje sorrio sem forças,
Já não sinto vontade de nada,
A não ser contar os dias, as noites...
Mais ainda me alegro com a lua!
E os versos soltam as cadeias da desilusão
Fazem balburdia ante meus olhos
E soltos, sem presa,
Enfeitam o branco do papel
E transforma meu fel, em mel!