Saudade do nada

Caminhava,

Sob a claridade das luzes públicas,

Pensativo.

De repente olhei para o céu

E nele estava expresso a profecia de minha vida.

O medidor do tempo do tempo

Marcava vinte horas e trinta minutos,

Ainda era cedo,

Por isso fiquei a contemplar este panorama

E interpretar seus símbolos,

Que parecia refletir meu futuro.

Este cenário anunciava

A felicidade,

Mas também transparecia uma inquietude.

Havia falta de brilho,

Havia falta de você.

Seus sinais diziam

Que sempre faltará

Uma estrela neste firmamento,

Que terei saudade,

Que vou sempre olhar

Para este céu coroado de estrelas

E sorrir com brilho da felicidade de alguém,

Mas vou entristecer diante da ausência

De uma estrela que nunca brilhou neste universo.

E sentirei saudade,

Saudade do que não aconteceu,

Saudade do nada.

“Paixões” – J B Barone - 1992