DÓI, SAUDADE
DÓI, SAUDADE
Jorge Linhaça
Dói, ó saudade, dentro do meu peito,
abre as comportas do pranto voraz!
Só a lembrança não me satisfaz,
não fica o meu coração satisfeito.
Fere, saudade, meus olhos desfeitos
em lágrimas que o tempo me traz,
qual verdugo, carrasco ou capataz,
a salgar, com os meus olhos, meu leito.
Fala, saudade, com língua mordaz,
reforça as cores dos meus mil defeitos,
dize que sou, de mudar, incapaz
conjuga o amor num tempo imperfeito,
lembra-me já, de olhar para trás,
e ver a amplitude dos meus feitos.
DÓI, SAUDADE
Jorge Linhaça
Dói, ó saudade, dentro do meu peito,
abre as comportas do pranto voraz!
Só a lembrança não me satisfaz,
não fica o meu coração satisfeito.
Fere, saudade, meus olhos desfeitos
em lágrimas que o tempo me traz,
qual verdugo, carrasco ou capataz,
a salgar, com os meus olhos, meu leito.
Fala, saudade, com língua mordaz,
reforça as cores dos meus mil defeitos,
dize que sou, de mudar, incapaz
conjuga o amor num tempo imperfeito,
lembra-me já, de olhar para trás,
e ver a amplitude dos meus feitos.