SENTINDO SAUDADES

Sempre recordando seu afago
uma lembrança que nunca passa,
sentindo o meu olhar tão vago
lamentando a minha desgraça.

Tristeza que a cada dia aumenta
não vai embora com a ventania,
e como se fosse uma tormenta
que so traz amargura a poesia.

Isso soa como uma triste canção
como o tocar do sino, no final do dia,
que rouba do meu corpo a emoção
que me traz o elixir da agonia.

Um sentimento que me espanta
que me tira a paz e a calma,
depois do aperto na garganta
começa a castigar minha alma.

Esse meu sofrer e permanente
que nunca, nem um minuto quisera,
e como o veneno de uma serpente
que toda minha alegria dilacera.

Sem esperança que volte um dia
ja não vivo mais a esperar,
mesmo que esgote minha energia
nunca deixarei de amar. 
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 09/05/2008
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