É crime matar a saudade?
Nessa noite sombria e triste
Quando o silêncio chega a reinar
Sentindo a saudade que ainda insiste
A querer dela se apoderar.
- Por que tu saudades és tão cruel?
Desce como um açoite da mão do algoz
Dilacera a alma e em vez de mel escorre o fel
E desagua em sua foz.
Ah, saudade por você se faz loucuras.
Perde-se o censo e dar vazão
Ao pensamento e coração
Mata-se no encontro de duas almas em suas juras.