Saudades da minha terra
O céu se veste de cinza,
E lá fora a chuva cai
Pra ser a companheira,
Das lágrimas que de meus olhos saem.
Um frio atormenta minha alma,
Um vazio, uma falta de você,
O carinho dos meus amigos,
Que anseio receber.
A saudade que brota no peito,
O carinho de meus irmãos.
Não podemos pedir e ter tudo
E as poesias me bastam então.
Pra sanar a dor
Pra no peito amenizar
A falta da minha família
Que no sertão calmo canto
Ouve dos pássaros o cantar.
Levam minha saudade infinda
Dos conterrâneos,
Da minha pátria mãe
Da minha história de vida,
De quem me deu atenção.
Quem me fez poetiza,
Quem me ensinou a escrever
Meus amigos professores
Meus alunos, meu prazer.
Saudade que me atemoriza
Temo não vê-los mais
Estando debaixo desse céu cinza
Nessa redoma onde cada um é por si.
Contradizendo meu povo unido
Que nas calçadas alegres vivem a sorrir
Debaixo dos algarobas
Plantas que não vejo aqui.
Saudades do meu mar claro
Do sol quente ao meio dia.
Olho esse céu cinzento e me dá agonia
Parece que a lua e o sol me abandonaram
Estou aqui esquecida
Pensando no meu amor primeiro
E pra esquecer minhas dores
Escrevo nesses letreiros
Que sou pássaro longe de um ninho
Esperando o sol nascer
E no calor do fim de tarde
No seu bando alçar vôo
Pousar na terra Potiguar
No amor que meu peito eternizou.