O que me assusta
O que me importa, não é a flecha lançada
A palavra proferida, ou a distância sofrida.
O que me dói, é a esperança perdida
E essa desilusão incontida.
O que me assusta, não é a solidão vivida
A mágoa escondida, ou essa incerteza maldita.
O que me assusta, é essa saudade malvada
Que na noite calada, insiste em me assombrar.
Dizem que tudo ficou no passado
Nas noites de chuva, nos dias amargos.
Mas teu nome, como um elo quebrado
Insiste em meus lábios, querer ficar.
Profiro palavras, por vezes sem nexo
Te chamo... te clamo... te sinto...
Mas nada vejo, mesmo assim eu minto.
Minto... pra pintar minha dor
Que insisto em não transpor
Em cada sorriso de dor.