A DOR DA SAUDADE

Quando olho para trás vejo os filhos

Saídos de minhas entranhas

Hoje fazendo parte definitiva da minha vida

Aí eu penso que aconteça o que acontecer

Jamais deixarei de amá-los

Jamais poderei esquecê-los

(mas filhos são tão egoístas – eles só pensam em si)...

A natureza é cúmplice da mulher

Ela permite que ela o gere dentro de si

Que o amamente, acalentando ao seio

Enquanto ao homem resta o consolo de ser o provedor

Porque existem ocasiões em que até para isto

Eles são dispensáveis, ou dispensados...

Graças a esta junção carnal

A mulher é mais amada por eles

Não que necessariamente, ame mais o filho

Ela só é privilegiada no amor...

Ao pai resta contentar-se com o fato

De que é o pai e ninguém pode tirar de seu peito este amor

Banhando-se na saudade aqueles

Que tal qual pássaros, criam asas e se vão mundo afora...

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 23/04/2008
Código do texto: T958819
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