SACIO-TE
Chega de beber as amarguras
de embebedar teu coração
não permitas que a loucura
te cegue a visão
Não te embriagues mais
nesta solidão sem fim
guarde a taça da saudade
e volte para mim
Já provei todos os cálices
do arrependimento e da dor
que ao olhar em minha face
não me reconheço
tamanho meu torpor
Jogue fora todas as taças
do desespero e da aflição
não permitas que a vida te faça
um boêmio sem direção
Vem beber os lábios meus
embriagar-te em meu regaço
esqueças aquele infeliz adeus
peço-te perdão, dá-me um abraço
Célia Jardim
Belo Horizonte, 22-04-2008