ESTRANHO
Foi estranho. Muito estranho
A maneira como nos encotramos,
Como nos conhecemos,
Como nos amamos.
Alguns dirão: "É obra do destino."
Então eu lhes responderei que não é não.
Foi apenas obras do ocaso
Que caiu em minha mãos.
Foi estranha aquela noite
Quando, então, você entrou no meu quarto,
Mais estranho, quando me beijou -
E eu não me sentia farto.
Daqueles seus bons bons abraços,
Que me inflamava tão rápido de amor.
Sentia teu doce seio sedução,
E o perfume de tua flor.
No princípio, era só atração,
Que foi crecendo, então, admiravelmente.
E quanto mais eu lutava,
Mais não saía de minha mente.
Foi estranho o dia que passamos
Juntos e cheios de muitas alegrias.
O estranho era que sentíamos
Que um de nós partiria.
Então nos amávamos
Como se não existisse um outro amanhã.
Ah! Como era gostoso
Sentir as curvas louçã.
Que momentos estranhos esses!
Não foram quimeras, mas foram mágicos.
Quando nos entregávamos
E nem víamos o trágico
Horário, rápido, a passar.
Sim, eu penso em tudo isso, enquanto escrevo,
E ainda sinto hoje
Aquele gostoso enlevo.
Foi estranho amor, muito estranho.
Como nos conhecemos e nos amamos.
Mas o mais estranho,
Foi como nos separamos...
(LIRA IMPERFEITA - 1995)