Infinita saudade

Jamais estará só aquele, que há tanto gira pelo mundo.

Olhos de tantos olhares, coração por demais vagabundo.

Poeta das coisas que nascem de ocasos desmerecidos.

Alma de todas as ilusões, mente de tantos sonhos perdidos.

Vago no tempo que escoa entre meus dedos.

Não recolho mais as horas deflagradas em poesias.

Turvos, meus rios em ti não mais desaguam,

pertenço ao novo mar de alegorias,

que enfeitam instantes festivos sob lágrimas

de quem conhece a pior realidade:

depois de toda desilusão, vem sempre a infinita saudade...

SATURNO
Enviado por SATURNO em 11/04/2008
Reeditado em 03/07/2013
Código do texto: T940644
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