INSTANTE

Sentida voz, esse coração calado.

Sem inspiração, tristonho voltado.

Lindas notas, tristes desafinaram.

Sonhos poéticos, quando calaram.

Acordado barulho, sonho, ebulição.

O pensamento assume, conotação.

Faltando doravante, leves segredos.

Sobram sombras, destes teus dedos.

Dissipa o amargo, eterno vencedor.

Em vias, tantos vocábulos de amor.

Alma, amada, deixa a lua chorando.

Sem inspiração, poesia escasseando.

Alma racional, desconhece inspirações.

Recriadas e redobradas, nas emoções.

Numa rajada de vento, ou horizontes.

A lua beijada, por tuas, poéticas fontes.

Tudo ainda te descreve, num recanto.

Um corrimão, um poema sacrossanto.

Acendendo, tua constelação brilhante.

Ascende devagar, a nuance, o instante.