COMEÇO DO FIM...
Vai-se embora aos poucos, lentamente,
toda a vitalidade ruindo...
No peito a saudade é flor latente,
resquício de primavera se indo...
Morre o sol; o outono segue em frente,
e o frio que me abraça é quase infindo...
Dentro d!alma a neve alvinitente,
prenuncia o inverno que vem vindo...
Mas, Ó Deus! Possa eu forças ter ainda,
pra plantar na vida que se finda,
as flores que bani do meu jardim!
Tenho certeza... Hei de colhê-las,
aqui, ante o brilho das estrelas,
muito antes do começo do meu fim!