Saudade...

Saudade de algo bonito... Tão especial...

Mas minhas mãos não podem alcançar...

São como planetas, estrelas longínquas.

Astros, zéfiros que povoam o meu sonhar...

Saudade que bate e flagela meu corpo,

Murmura ocamente em meu coração.

É como um dique vazando furioso...

Arrancando as flores num arrastão!...

Saudade que aniquila sem piedade,

Sem uma esperança... Sem uma luz...

Saudade tirana a ceifar esperanças.

Ter saudade é carregar pesada cruz!

Saudade que nada traz ou leva...

Apenas conta histórias tão lindas...

De tantas chegadas e partidas...

De coisas tão formosas vividas!

Saudade que grita... Geme em mim...

Canta mil canções... Traz perfumes...

Desvenda segredos, conta verdades.

Tantas ausências apagam-me o lume!

Saudade, saudade profunda...

Como marca toda uma vida!...

Para ela... Não existe volta...

Só a lágrima descendo doída!

Mary Trujillo

27.03.2008

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Mary Trujillo
Enviado por Mary Trujillo em 08/04/2008
Código do texto: T937083
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