SAUDADE PESPONTADA
Dois pequenos diamantes
cintilam e deslizam
pela face cálida de um anjo.
Que agarrada à saia godê de sua mãe
num pranto suplicante
lamenta e chora...
- Mamãe, por que o papai foi embora?
A mãe distraida em seu pensar
com a costura que fazia
sem saber o que dizer
Pára os olhos na Menina.
Sua boca está vazia.
As palavras fugiram a golope.
Sua voz embargada se escondeu
num carretel de um soluço solitário
afogado na angústia...
acolhe então o anjo num abraço recortado
disfarçando a amargura
de um coração emoldurado...
- O papai vai voltar?
pergunta o anjo veemente.
- A querida mãe com ternura
olha o anjo acreditando
na resposta que vai dar....
e com firmeza na ponta da agulha
ela decreta:- Vai!...
vai sim meu amor.
lágrimas de sangue
escorrem pelos dedos...
manchando o vestido azul da menina
com a mesma dor, a mesma cor...
Dirige-se então a cozinha
A doce mãe desolada.
Segue o anjo acompanhando
os lentos passos da mãe amada
que vão cerzindo o assoalho
com linhas de solidão...
- Quando Então?
Ainda pergunta o anjo arrematando
o que a mãe vinha costurando
com palavras pespontadas
caseadas pelo tempo.
- Quando sentires novamente
o cheiro dos meus bolinhos fritando....
Dois pequenos diamantes
cintilam e deslizam
pela face cálida de um anjo.
Que agarrada à saia godê de sua mãe
num pranto suplicante
lamenta e chora...
- Mamãe, por que o papai foi embora?
A mãe distraida em seu pensar
com a costura que fazia
sem saber o que dizer
Pára os olhos na Menina.
Sua boca está vazia.
As palavras fugiram a golope.
Sua voz embargada se escondeu
num carretel de um soluço solitário
afogado na angústia...
acolhe então o anjo num abraço recortado
disfarçando a amargura
de um coração emoldurado...
- O papai vai voltar?
pergunta o anjo veemente.
- A querida mãe com ternura
olha o anjo acreditando
na resposta que vai dar....
e com firmeza na ponta da agulha
ela decreta:- Vai!...
vai sim meu amor.
lágrimas de sangue
escorrem pelos dedos...
manchando o vestido azul da menina
com a mesma dor, a mesma cor...
Dirige-se então a cozinha
A doce mãe desolada.
Segue o anjo acompanhando
os lentos passos da mãe amada
que vão cerzindo o assoalho
com linhas de solidão...
- Quando Então?
Ainda pergunta o anjo arrematando
o que a mãe vinha costurando
com palavras pespontadas
caseadas pelo tempo.
- Quando sentires novamente
o cheiro dos meus bolinhos fritando....