LENÇOL DE SACO
LENÇOL DE SACO
Paulo Gondim
27/03/2008
Ainda sinto o cheiro gostoso
Dos lençóis branquinhos, limpos,
Cheirando a sabão de barra
Estendidos nas pontas das varas
No quintal de minha casa
Pareciam de linho, ou cetim
Mas eram de saco, saco sim!
De açúcar, açúcar cristal
Mais encorpado, mais natural
Dois sacos vazios, abertos,
costurados ao meio, pronto!
Tinha-se um lençol.
Quer servia para dormir
E também como “aió”
No trabalho da roça
Na colheita de algodão
Assim, fazia minha mãe
Assim, se fazia no sertão!
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Da série: ERA ASSIM, NO SERTÃO.