COMO DÓI A SAUDADE

Maldita saudade, que nunca passa
maldita doença, doença de amores
de fel, enche-me essa taça
comemore comigo, essa vida de horrores.

Onde minha memória lentamente gira
e para perto de voce me leva,
me afaste do som dessa lira
acenda uma luz nessa treva.

Pensamento vazio e tão vago
onde a dor chega e não avisa,
trazendo-me, a solidão de um lago
onde não sinto nenhuma brisa.

Onde a alma, de saudade delira
te querendo, mais que uma amante,
tenho a infelicidade, que transpira
em lágrimas, o sofrer e constante.

Meu pedido de socorro e tão aflito
por que minha dor nunca evapora,
veja, como e triste meu grito
e lamento, da alma que chora.

Alma, que sofre, grita e geme
por ser em demasia sofrida,
quando minha saudade espreme
sinto mais sofrer, a dolorosa ferida.

Se existe um Deus consolador
por que não mata, essa ansiedade?
apague, de minha alma essa dor
mata, em mim essa saudade.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 28/03/2008
Código do texto: T920614
Classificação de conteúdo: seguro