Esperando o verão

É verdade. Cada vez sinto mais saudade;

mas de que adianta saber que acreditas

se ninguém pode medir minha ansiedade

nem podem enxugar tantas lágrimas aflitas?

Se num hausto sorvo meu encantamento,

bebo do amaro vinho infindável taça...

Na indolência esquecida, tédio do momento,

o peito martela, o coração se estilhaça.

Saudade! Por que fazes minhas manhãs

morrerem num soluço?

Fecha esse teu manto cinza que me cobre!

Enlouqueço. E fica minha cabeça pendida

entre mãos pálidas e maceradas...

........................................................

Talvez venhas no próximo verão.

Sem outro amor.

Chaplin
Enviado por Chaplin em 21/03/2008
Código do texto: T910918