Amor

Me apertem o cérebro

até que a última lembrança

tenha escorrido pela calçada.

Me espremam o coração

até que a última batida se desprenda

enlouquecida e sem razão e adormeça no tapete da sala.

Quebrem meus braços,até que o último abraço

desmorone bêbado e sem sentido pela escada torta do destino.

me matem lentamente e coloquem a culpa no amor.

Esse suicida sem alma.