UMA SAUDADE

Se esta me julgando, senhor juiz,
so por que sou um cara infeliz,
e trago comigo uma saudade.
Nessa sua terra, que nada fiz
cometi um crime, que nunca quiz
não mora em mim, a felicidade.

Pelo que sinto, serei condenado,
por que não plantei no passado,
o que hoje seria, minha liberdade.
Meu coração, continua enamorado
não estou, em sua frente mascarado
ainda amo, não vejo nisso maldade.

Sou muito franco, meu caro doutor,
não existe crime, quando se trata de amor,
gostaria que aceitasse, essa realidade.
Pois aquela, que me fez um sofredor,
um certo dia,se casou com o senhor
pode me condenar, não fujo da verdade.

Me disse o juiz-Quem fala agora sou eu,
esse amor antigo,a poucos dias morreu,
e disse um último nome, ja com dificuldade.
Agora me lembro,era o nome seu,
e vou te falar,ela nunca te esqueceu
do além, nunca te verá, atras de uma grade.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 02/03/2008
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