A relva molhada

Ah!... Nossas carícias

eram tão quentes

como o verão

naquela noite de luar.

Tínhamos a idade da impaciência

queríamos tudo por inteiro

e sem hesitar roubávamos

o clarão da lua cheia

que na grama pousava

leve e faceira.

Entre beijos e carícias

deitávamos lado a lado

e o céu bordado de estrelas

mandava seu manto

sobre nós amantes por natureza.

No adentrar da madrugada

caía uma fina neblina

refrescando e deixando

em nossos corpos o cheiro

doce da relva molhada.

Lembranças marcantes

que até hoje me fazem suspirar

e pensar no romantismo que

o progresso rouba hoje dos jovens.

Olhosdepoeta
Enviado por Olhosdepoeta em 30/03/2005
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