ABISMO
Ao leres os meus poemas,
decifraste a minha alma.
Cada verso, minha essência,
bebeste um pouco de mim.
Não encontrei paredes,
artifícios ou figuras,
que pudessem esconder-me.
Nem mesmo sobrou um canto,
onde eu guardasse em recato
os mistérios, os segredos,
minha dimensão total.
As verdades, as mentiras,
foram todas descobertas.
E disseste sem pudor
o que vias e querias...
Do outro lado do abismo,
sem coragem de saltar,
sem forças para arriscar,
sabendo-te assim tão perto,
não quis sofrer, vacilei...
Porém te foste, eu fiquei,
sem coragem de seguir-te.
O que jamais revelei,
do espírito inquieto,
da ânsia do buscador,
da carne que não se acalma,
em lucidez descobriste.
Assim eu quero que saibas,
te digo como um presente,
sem mesmo transpor o abismo,
tens um pedaço de mim...
nilzaazzi.blogspot.com.br
Ao leres os meus poemas,
decifraste a minha alma.
Cada verso, minha essência,
bebeste um pouco de mim.
Não encontrei paredes,
artifícios ou figuras,
que pudessem esconder-me.
Nem mesmo sobrou um canto,
onde eu guardasse em recato
os mistérios, os segredos,
minha dimensão total.
As verdades, as mentiras,
foram todas descobertas.
E disseste sem pudor
o que vias e querias...
Do outro lado do abismo,
sem coragem de saltar,
sem forças para arriscar,
sabendo-te assim tão perto,
não quis sofrer, vacilei...
Porém te foste, eu fiquei,
sem coragem de seguir-te.
O que jamais revelei,
do espírito inquieto,
da ânsia do buscador,
da carne que não se acalma,
em lucidez descobriste.
Assim eu quero que saibas,
te digo como um presente,
sem mesmo transpor o abismo,
tens um pedaço de mim...
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