Foi-se o tempo das perguntas. (Agora só respostas podem se questionar.)
Cedo, a solidão das primeiras horas...
O clarão de luz pode ser uma lâmpada
Um flash de idéias
Ou alguma alma que se vai.
ALER, Amor-lesão em esforços repetitivos.
Apaixonar-se pelo leve roçar de uma brisa
Sentir-se preso a uma lembrança nova.
Querer-se bem num beijar inesgotável.
Todas as horas de nossos sabores
Somos cíclicos em nós mesmos
Pois que o ralo expele o longo sentir
Do amor que se fragmenta!
A vida sobrepõe sentimentos
Os sedimentos decompõem-se
Os líquidos ora gozosos, ora salgados,
Servem de refresco ao novo pressentir.
A emoção exerce seu efeito gravitacional
Não há nada mais terreno que se deitar
E o sexo? São cores e nomes:
O beijo que beija a boca do beijo.
Minha língua mingua
Sou o reflexo do sexo sem alma
Quero gozar no vácuo de um pensamento
Devo me conter em camisinhas?
A alma é a estátua da imaginação
Se grito de saudades
É porque um dia senti prazer.