Pueril

Houve um tempo fértil,

De brincar sobre as palhas;

De amores e amantes

Debaixo do céu anil…

Suas mãos, agora, tão frias!

E seu coração, tão débil!

Ficamos, assim, distantes.

Esperando migalhas.

Vejo duas mãos vazias,

Presas às mechas grisalhas

Do tempo vão e estéril

Vagamos tão errantes

Infinitas Noites - e dias,

Memórias distantes.

Brincadeira pueril

Como gélidas navalhas.

Ceifando as alegrias,

Em breves instantes.

Houve um tempo fértil,

De brincar sobre as palhas;

De amores e amantes…

Valter Vargas
Enviado por Valter Vargas em 19/02/2008
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